Quem era o banhista morto após ser atingido por hélice de lancha em MG: 'Vivia como se fosse o último dia', diz irmã
Sepultado em Itaúna corpo de jovem atingido por lancha em Cachoeira Dourada “Ele vivia como se fosse o último dia. Sempre alegre, brincando, cheio de carism...

Sepultado em Itaúna corpo de jovem atingido por lancha em Cachoeira Dourada “Ele vivia como se fosse o último dia. Sempre alegre, brincando, cheio de carisma. É assim que quero me lembrar dele”. Essas são as palavras de Alessandra Andrade, de 30 anos, ao falar sobre o irmão Alisson de Andrade Ribeiro, de 31 anos, que morreu após ser atingido pela hélice de uma lancha no Rio Paranaíba, em Cachoeira Dourada, no Triângulo Mineiro, no último domingo (28). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp O corpo foi sepultado na manhã desta terça-feira (29), em Itaúna, cidade onde ele nasceu. A despedida reuniu parentes e amigos, que destacaram o jeito leve e extrovertido de Alisson. “Ele era muito popular, sempre com alegria, curtição. Muito ligado à família, aos amigos. Cativante, cheio de carisma”, disse Alessandra, que guarda como última lembrança um vídeo em que o irmão brinca com sua filha, de três anos. “Vou guardar com todo amor no meu coração". Alisson era apaixonado por motos, pela vida ao ar livre e por estar cercado de gente. Trabalhou em oficinas mecânicas e já havia mudado de cidade algumas vezes, buscando novas oportunidades. “Estava animado para vir nos visitar, ver minha filha. Mas, infelizmente, isso não vai acontecer mais", lamentou a irmã. Alisson morreu enquanto nadava no Rio Paranaíba em Cachoeira Dourada Redes sociais/Reprodução A trajetória de Alison também carrega marcas de superação. A mãe morreu em 2005 e o pai, em 2019. Desde então, os três irmãos — Alisson, Alessandra e Alex — mantinham uma relação ainda mais próxima, mesmo com a distância. “Como perdemos nossos pais cedo, os amigos se tornaram irmãos. Ele amava estar rodeado de gente, estar feliz, viver intensamente", disse Alessandra. Diante da tragédia, a família agora aguarda por respostas. “Tudo indica que foi imprudência. Se isso for comprovado, queremos justiça. Mas, sinceramente, nem consegui pensar nisso ainda. A dor é muito grande”, finalizou a irmã. LEIA TAMBÉM: Motoboy morto após acidente com carro havia terminado entregas quando sofreu batida: 'Perdemos um profissional incrível' Adolescente que morreu eletrocutado ao tentar pegar bola em lote vago sonhava em ser jogador de futebol Mergulho e tragédia De acordo com a Polícia Militar (PM), o acidente aconteceu quando Alisson, que estava a passeio com amigos, decidiu mergulhar em um ponto mais afastado do Rio Paranaíba. Ao emergir, ele foi atingido pela hélice de uma lancha que se aproximava da margem. O condutor da embarcação não possuía habilitação náutica e se recusou a fazer o teste do etilômetro. Segundo relato dele à PM, não havia banhistas visíveis no local, e só percebeu o acidente ao ouvir um barulho vindo da hélice. Ao verificar, viu uma mancha de sangue na água e um braço estendido, pedindo socorro. "A vítima estava numa confraternização com os amigos na orla, quando decidiu fazer um mergulho, só que ele sumiu. Logo em seguida, o fato ocorreu. O condutor da lancha relatou que reduzia a velocidade, se aproximando da orla para atracar. Neste momento, ele ouviu um barulho da hélice batendo em algum objeto que estava submerso na água, e assim que ele olhou, viu a vítima pedindo socorro", contou o sargento da PM, Leandro Epaminondas Pereira Lima. Alisson foi retirado da água por testemunhas, que acionaram o resgate. Equipes médicas de Cachoeira Dourada tentaram reanimá-lo por cerca de 30 minutos, mas ele não resistiu aos ferimentos. A Prefeitura de Cachoeira Dourada lamentou o ocorrido e informou que a Prainha conta com sinalização alertando os banhistas, mas que reforçará as medidas de segurança no local. Disse ainda que os dois tablados que aparecem em imagens são de propriedade particular e têm placas informando a proibição de banho. "Nesse local nunca foi instalado boias, pois é de circulação das embarcações das náuticas, onde eles usam para encostar. A Prefeitura está providenciando a colocação de mais placas em toda a orla", disse o assessor de comunicação da Prefeitura, Eduardo Gonçalves. A Marinha do Brasil também se manifestou por meio de nota e informou que uma equipe da Capitania Fluvial de Minas Gerais foi enviada ao local e instaurou um procedimento administrativo para apurar as causas do acidente. A navegação no Rio Paranaíba é permitida, desde que observadas as normas legais. Homem morre após ser atingido por barco em Cachoeira Dourada VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas