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Justiça condena jovem que alegava 'brincar com arma' ao matar namorada com tiro no rosto em Carmópolis de Minas

João Vitor Souza foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado por matar a namorada Maria Vitória Lara de Almeida em 2023. Julgamento ocorreu nesta ter...

Justiça condena jovem que alegava 'brincar com arma' ao matar namorada com tiro no rosto em Carmópolis de Minas
Justiça condena jovem que alegava 'brincar com arma' ao matar namorada com tiro no rosto em Carmópolis de Minas (Foto: Reprodução)

João Vitor Souza foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado por matar a namorada Maria Vitória Lara de Almeida em 2023. Julgamento ocorreu nesta terça-feira (8), no Fórum de Divinópolis; defesa vai recorrer. Suspeito de feminicídio é julgado em Divinópolis João Vitor Souza foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado por matar a namorada Maria Vitória Lara de Almeida, de 20 anos, com um tiro no rosto em Carmópolis de Minas. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (8), no Fórum de Divinópolis. Ao g1, a defesa afirmou que respeita a decisão do Tribunal do Júri, mas discorda do entendimento de que o crime foi doloso. Os advogados afirmaram que vão recorrer da condenação e que, ao longo do processo, ele foi rotulado injustamente como feminicida — qualificadora que foi afastada pelos jurados durante o julgamento (veja a nota na íntegra no fim da reportagem). ➡️ Clique aqui e siga o perfil do g1 Centro-Oeste de Minas no Instagram O crime aconteceu em 2023, na casa de João Vitor, no Bairro de Fátima. À época, ele tinha 22 anos e afirmou à polícia que estava sob efeito de drogas e que "brincava com a arma" quando o disparo atingiu a jovem. Maria Vitória chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu aos ferimentos. Após o crime, João Vitor fugiu, retornou para casa algumas horas depois e foi preso. Ele contou que jogou fora a arma utilizada, mas não informou onde. A sentença determinou que o réu cumpra 14 anos de prisão em regime fechado e pague dez dias-multa. Ele foi condenado por homicídio qualificado por impossibilitar a defesa da vítima, com agravante por ter mantido relacionamento íntimo com Maria Vitória. A decisão também levou em conta a Lei Maria da Penha e o Estatuto do Desarmamento. O crime foi considerado hediondo. Maria Vitória Lara Almeida e o namorado João Vitor Sousa Reprodução/Redes Sociais O que diz a defesa "A defesa de João Vitor, representada pelos advogados Dr. Luiz Otávio Souza Abreu e Dra. Ester Freitas de Abreu, vem a público esclarecer os desdobramentos do julgamento ocorrido no Tribunal do Júri. João Vitor foi condenado à pena de 14 anos de reclusão, em razão do reconhecimento, pelos jurados, do crime de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, tendo sido afastada a qualificadora do feminicídio. A defesa manifesta seu respeito à soberania do Tribunal do Júri, mas discorda da decisão proferida, uma vez que entende que a conduta praticada por João Vitor se amolda ao crime de homicídio culposo, não tendo havido dolo na sua conduta. É importante destacar que, ao longo de todo o processo, João Vitor foi injustamente rotulado como feminicida por parte significativa da comunidade. Entretanto, o próprio Conselho de Sentença — composto majoritariamente por mulheres — reconheceu que não houve crime motivado por condição de sexo feminino ou por menosprezo à condição de mulher, afastando expressamente a qualificadora do feminicídio. Diante da condenação, a defesa informa que interporá o recurso cabível no prazo legal, buscando a reforma da decisão perante o Tribunal competente. Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e com os princípios do devido processo legal". LEIA MAIS: Após discussão por ciúmes, foragido da Justiça agride a esposa e a filha dela em Divinópolis Mulher que pulou de janela para fugir do marido diz que agressões começaram após ela descobrir traição 📲 Siga o g1 Centro-Oeste MG no WhatsApp, Facebook e X VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas